nas tormentas, por acaso Luis

nas tormentas, por acaso Luis: (www.astormentas.com)
Poema ao acaso



Sei os teus seios.
Sei-os de cor.

Para a frente, para cima,
Despontam, alegres, os teus seios.

Vitoriosos já,
Mas não ainda triunfais.

Quem comparou os seios que são teus
Banal imagem a colinas!

Com donaire avançam os teus seios,
Ó minha embarcação!

Porque não há
Padarias que em vez de pão nos dêem seios
Logo pla manhã?

Quantas vezes
Interrogaste, ao espelho, os seios?

Tão tolos os teus seios! Toda a noite
Com inveja um do outro, toda a santa
Noite!

Quantos seios ficaram por amar?

Seios pasmados, seios lorpas, seios
Como barrigas de glutões!

Seios decrépitos e no entanto belos
Como o que já viveu e fez viver!

Seios inacessíveis e tão altos
Como um orgulho que há-de rebentar
Em deseperadas, quarentonas lágrimas...

Seios fortes como os da Liberdade
-Delacroix-guiando o Povo.

Seios que vão à escola pra de lá saírem
Direitinhos pra casa...

Seios que deram o bom leite da vida
A vorazes filhos alheios!

Diz-se rijo dum seio que, vencido,
Acaba por vencer...

O amor excessivo dum poeta:
"E hei-de mandar fazer um almanaque
da pele encadernado do teu seio"
Gomes Leal

Retirar-me para uns seios que me esperam
Há tantos anos, fielmente, na província!

Arrulho de pequenos seios
No peitoril de uma janela
Aberta sobre a vida.

Botas, botirrafas
Pisando tudo, até os seios
Em que o amor se exalta e robustece!

Seios adivinhados, entrevistos,
Jamais possuídos, sempre desejados!

"Oculta, pois, oculta esses objectos
Altares onde fazem sacrifícios
Quantos os vêem com olhos indiscretos"
Abade de Jazente

Raimundo Lúlio, a mulher casada
Que cortejaste, que perseguiste
Até entrares, a cavalo, pla igreja
Onde fora rezar,
Mudou-te a vida quando te mostrou
"É isto que amas?"
De repente a podridão do seio.

Raparigas dos limões a oferecerem
Fruta mais atrevida: inesperados seios...

Uma roda de velhos seios despeitados,
Rabujando,
A pretexto de chá...

Engolfo-me num seio até perder
Memória de quem sou...

Quantos seios devorou a guerra, quantos,
Depressa ou devagar, roubou à vida,
À alegria, ao amor e às gulosas
Bocas dos miúdos!

Pouso a cabeça no teu seio
E nenhum desejo me estremece a carne.

Vejo os teus seios, absortos
Sobre um pequeno ser


sábado, 20 de fevereiro de 2010

AZNAR PEDAGOGO


Don José María Aznar, Profesor Emérito de Yorktown, daba anteayer una lección magistral para sordomudos en la Universidad de Oviedo.

En la foto, en el momento de mostrar a su auditorio de qué medios se había servido para sacar a España del Rincón de la Historia en el que se hallaba cuando él la encontró.

Algunos no lo entendieron, y otros, malintencionados, malinterpretaron su gesto.
.

Rioderradeiro, un malintencionado más, lo vió así:

¡Qui-qui-ri-quí…, ca-ra-ca-cá..!

( o dedo de aznar)

-----------------------------------

Le sobraba al tordo un dedo,
buscaba el asnar dedal;
pues lo quería enterrar,
como lo suele envainar
el gallo del gallinero,
por el oscuro agujero
por donde ponen el huevo
las gallinas del corral:
- ¡Qui-qui-ri-quí…, ca-ra-ca-cá..!

O algo así, más o menos.

.

Sem comentários: